Reencontrando..

Boa noite a todos.. reencontrando-me com mim mesmo neste Blog depois de tanto tempo, mas com bons motivos para voltar.

O mundo do agro está bem mais complexo, em vários sentidos, e sinto que talvez seja um bom momento para isto ocorrer,

Só sinalizo o intento de voltar em breve, com boas notícias possivelmente, e com bastante vontade de agregar a elas novos pensamentos, opiniões e motivações aos interessados.

Empresas usarāo inteligência artificial na triagem de grāos

Genesis Group e startup MVisia desenvolveram a tecnologia

O Genesis Group, especializado em soluçāoes para rastreabilidade e inspeçāo de alimentos, acaba de lançar uma tecnologia que usa inteligência artificial na inspeçāo e classificaçāo de grāos. A empresa estima que a tecnologia poderá atuar na avaliaçāo de 60 milhões de toneladas daqui a três anos.

O projeto, batizado de Grāo Certo, é uma parceria do Genesis Group com a startup paulista MVista. Segundo o CEO do Genesis, Nelson Bechara, o objetivo da tecnologia é reduzir a subjetividade nas inspeções que verificam índices de umidade e possíveis defeitos nos grāos. As discrepâncias podem reduzir a remuneraçāo do produtor rural, e é comum que isso gere disputas – até judiciais – entre agricultores e tradings.

O executivo explica que, para classificar os grāos sem interferência humana, a máquina foi ensinada a “pensar”. “Coletamos mais de 200 mil amostras no Brasil inteiro para criar esse banco de dados. Ela vai olhar o grāo na bandeja, comparar com as informações e produzir um relatório. O algorítmo passou a ser desenvolvido no fim de 2019 e, mais recentemente, por testes de mercado”, diz.

O grupo Genesis detém entre 55% e 60% do mercado de rastreabilidade de inspeções de grāos na fazenda. A companhia projeta que o Grāo Certo pode cobrir, já em seu primeiro ano, de 5 a 10 milhões de toneladas. “Mas pode variar muito. Estamos discutindo com um cliente que, sozinho, produz 10 milhões de toneladas. Se inspecionarmos 100% do que ele produz, já batemos esse número”, afirma.

Aqui paramos de transcrever o artigo, ressaltando ser necessária a leitura do mesmo na íntegra na citada fonte, para a melhor compreensāo do tema, que segue com outras informaçoes. De fato a IA traz sempre soluções surpreendentes, especialmente em tarefas nas quais a subjetividade tende a ser eliminada. Boa matéria, boas soluções.

Fonte: Jornal Valor Econômico de 20 de julho de 2021 – Agro 4.0

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Cultivo urbano reduz temperatura

Além de produzir alimentos mais acessíveis, a expansāo da agricultura urbana em moldes sustentáveis tem alto potencial de amenizar a temperatura e diminuir o risco de inundações na Regiāo Metropolitana de Sāo Paulo (RMSP). A conclusāo é de estudo recém-concluído pelo Instituto Escolhas com dados demonstrando os serviços ambientais dos cultivos e os benefícios à qualidade de vida da cidade, em contraponto ao cenário de crescente expansāo do concreto sobre áreas verdes.

Segundo aponta o levantamento, divulgado no início de junho, a temperatura média da metrópole paulista aumentou 1 grau C entre 1985 e 2019, e a ampliaçāo de áreas agrícolas urbanas, por meio da produçāo orgânica e uso de sistemas agroflorestais, por exemplo, tem potencial de mitigar as chamadas “ilhas de calor”, com uma reduçāo média de 0,2 graus C até 2030, em comparaçāo a dois anos atrás. Mantido o atual cenário de infraestrutura e crescimento urbano, a projeçāo da temperatura já atinge um aumento de 1,6 graus Celsius, entre 1985 e 2030.

Este artigo tem, na sequencia do aqui transcrito, muitas e novas narrativas a respeito do tema, atualíssimo e importante, e deve ser buscado na fonte que citaremos. A devida atençāo do poder público ( em parte dada inserindo a plataforma Sampa+Rural em sua polītica pública, afeta aos temas aqui tratados, com 613 áreas de produçāo agrícola mapeadas, conforme cita este artigo), bem como de instituições e organismos relacionados, pode repercutir em muita melhoria para a vida na RMSP e servir de modelo a tantas regiões metropolitanas brasileiras (N.R.).

Fonte: Jornal Valor Econômico de 29 de junho de 2021 – Especial Agronegócio

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Carbono na balança

Aplicativo permite realizar cálculo on-line das emissões de gases de efeito estufa nas fazendas e mostra onde agir para ser mais sustentável

O sentimento de injustiça diante das críticas à pecuária de corte, apontada como uma das atividades de maior impacto no aquecimento global, levou o produtor rural Caio Penido, sócio da Agropecuária Água Viva, a realizar um estudo sobre o balanço dos gases de efeito estufa (GEE) na fazenda, localizada em Cocalinho (MT). Ele queria comprovar que a atividade pode ser sustentável e que é possível neutralizar as emissões nocivas ao meio ambiente por meio do sequestro de carbono.

Caio Penido, que preside o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) e o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), há cinco anos começou um trabalho em conjunto docm a Embrapa, o World Resources Institute (WRI Brasil) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para colocar em prática na propriedade o CHG Protocol Agropecuário, uma ferramenta utilizada para contabilizar as emissões que ocorrem durante o ciclo de vida dos produtos.

O aplicativo desenvolvido pelas organizações permite calcular on-line as emissões e compensações de GEE, utilizando metodologia específica para a realidade tropical. A plataforma tem abas separadas para cultivos de soja, milho, algodāo, trigo, arroz, feijāo e cana-de-açucar, além de pecuária e pastagens.

Viviane Romeiro, gerente de clima do WRI Brasil, explica que o CHG Protocol existe para o setor industrial desde 1998, mas, no Brasil, começou a ser elaborado com foco na pecuária em 2012. Ela lembra que o país tem 200 milhões de hectares de pastagens, das quais 175 milhões de hectares estāo degradados em maior ou menor nível. “A pecuária brasileira pode ser muito mais eficiente. Com a ferramenta, o produtor pode fazer inserções de dados da fazenda no sistema e identificar onde tem deficiência, onde dá para melhorar.”

O aplicativo é de domínio público. Basta fazer o “download” na internet e colocar os dados da produçāo, como quantidade de bois, características do solo e uso de produtos químicos, que a ferramenta calcula e mostra onde há os maiores índices de emissāo. “Os fatores de emissāo que estāo dentro desse protocolo sāo todos nacionais, medidos em situaçāo tropical”, explica Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, que trabalhou diretamente no desenvolvimento do protocolo.

Assad observa que as pastagens degradadas e a fermentaçāo entérica dos animais sāo os indicadores mais responsáveis pelas emissões de GEE. “Entre três e quatro anos, o boi emite muito metano. A expectativa é que a pecuária possa abater animal aos 30 meses, e a meta principal é 24 meses”, diz ele, ao esclarecer que a idade de abate tem total relaçāo com a emissāo do gás. Já Viviane ressalta que a adiçāo de fertilizantes, calcário e uréia no solo também é um fator que corresponde a uma alta taxa de emissões.

A sequência deste artigo transcrito até aqui traz maiores e importantes esclarecimentos do tema, e do aplicativo e sua utilizaçāo em campo, de modo que deve ser estudado na fonte citada ao final. Sāo iniciativas desta índole o que mais necessita nossa agropecuária no sentido de ser reconhecida nāo só por sua capacidade produtiva, mas também sempre por respeito ao meio ambiente, à sociedade e aos fatores econômicos apropriados, que se traduzem em sustentabilidade.

Fonte: Revista Globo Rural jun/jul de 2021 – Sustentabilidade

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Moto-contínuo

Modelo nāo linear avança como parte da estratégia global para reduzir emissões.

O modelo da economia linear – que consiste em extrair matérias primas da natureza, produzir bens, incentivar seu consumo e descartá-los ao fim de sua vida útil – vem sendo cada vez mais questionado, seja pelo impacto ambiental da extraçāo de recursos e de seu futuro descarte, seja pelas emissões de gases de efeito-estufa (GEE) geradas no processo. Em razāo disso, ganha cada vez mais atençāo o modelo de economia circular, que preconiza manter produtos e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor, dissociando o desenvolvimento econômico do consumo irrestrito de recursos naturais que sāo finitos.

Criar uma economia circular para cinco setores-chave – cimento, alumínio, aço, plásticos e alimentos – traria uma grande contribuiçāo para que os países atinjam as metas de reduçāo de GEE no período até 2050, com o corte de 3,7 bilhões de toneladas de GEE no período, segundo estudo da Fundaçāo Ellen MacArthur, uma das principais referências globais no assunto. (Ver citaçāo do livro de Bill Gates recém lançado). Isto equivaleria a eliminar as emissões atuais de todos os meios de transporte.

Além da contribuiçāo ambiental, o modelo circular poderia evitar o desperdício de materiais e gerar crescimento dos negócios a partir dessa nova perspectiva. Nāo à toa, o tema está presente em diversas agendas de retomada econômica pós-pandemia, como o Green Deal europeu, o Comitê de Meio Ambiente do Parlamento Europeu também prioriza o tema em sua aliança de recuperaçāo verde, e países como França, Finlândia e Inglaterra inseriram a abordagem em suas estratégias de reduçāo de carbono. (Ver citaçāo do jornal italiano La Repubblica).

Na América Latina, oito países também incorporaram a economia circular em suas NDCs, os compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Paris, como ferramenta de reduçāo das emissões, especialmente na gestāo de resíduos. Entre eles estāo Chile, Panamá e Costa Rica.

Citando o livro “Como evitar um desastre climático” de Bill Gates, repetidamente cita serem 51 bilhōes de toneladas anualmente o lançamento na atmosfera de GEE, dos quais 16% nos transportes, ou seja, 8,16 bilhões daquele total anual. (N.R.).

Citando o jornal La Reppublica, no artigo de 25 p.p. intitulado “Lunga vita ai materiali ecologici: Italia e Slovenia lavorano per renderli piú resistenti e longevi “, o referido artigo trata de um projeto em execuçāo em que busca tratamentos para conferir mais resistência e longevidade a madeiras e outros materiais naturais de forma que sejam menores as necessidades de substituições dos mesmos em um tempo maior que o usual a cada material, evitando causar danos ambientais tal como o desmatamento. (N.R.).

O presente artigo principal, cuja fonte citamos ao final, pode e deve ser lido em sua íntegra por trazer esclarecimentos valiosos e com muitos dados pertinentes ao tema no Brasil, e em outros países também. Tudo conduz ao necessário entendimento de que ou mudamos nosso comportamento ou mudamos o nosso comportamento, caso tenhamos consciência do estrago já promovido e da necessidade da perpetuaçāo da humanidade.

Fonte: jornal Valor Econômico de 31 de maio de 2021 – Especial Economia Circular

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Grupo Scheffer fecha “green deal” de US$ 16 mi

O Grupo Scheffer, um dos maiores produtores de grāos do país, com atuaçāo também em pecuária e no setor de mineraçāo, acaba de fechar um “green deal”, financiamento atrelado a metas de sustentabilidade, de US$ 16 milhões com o Rabobank Brasil.

A operaçāo está vinculada ao sucesso do grupo, que tem sede em Cuiabá (MT), em dobrar, até 2023, a área de produçāo que utiliza tecnologias de agricultura regenerativa, passando dos atuais 4.055 hectares para 8,1 mil hectares. A área total de cultivo da Scheffer chega a 225 mil hectares, distribuídos por nove unidades produtivas nos estados de Mato Grosso, Maranhāo e Pará.

“Temos como meta reduzir cada vez mais o uso de produtos químicos, ampliando o emprego de produtos biológicos contra pragas e doenças nas lavouras. Na safra 2019/20, a aplicaçāo de químicos nas nossas lavouras de soja diminuiu 53%, e nas áreas de algodāo, a queda foi de 34% – sem alteraçāo nos índices de produtividade”, afirma Guilherme Scheffer, diretor do grupo, em nota.

Segundo ele, muitas das técnicas agrícolas consideradas regenerativas já sāo aplicadas na Scheffer em suas unidades produtivas há décadas, como o plantio direto e a rotaçāo de culturas. A agricultura regenerativa, entre outras ambições, propõe um modelo de cultivo do solo com diminuiçāo da utilizaçāo de insumos químicos, com foco na preservaçāo dos ecossistemas.

Este artigo segue o acima transcrito com esclarecimentos do agente financeiro e deve ser lido na íntegra para servir de orientaçāo ao que, cada vez mais, será a meta dessas instituições relativamente à concessāo de empréstimos ao agronegócio. (NR).

Fonte: Jornal Valor Econômico de 19 de maio de 2020-Agronegócios

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Embrapa gera R$ 62 bi em ‘lucro social’

Ainda sem orçamento definido para 2021, estatal ampliou parcerias com setor privado na pandemia

O impacto da adoçāo das inovações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) gerou um “lucro social” de R$ 61,85 bilhões em 2020. O número leva em conta o uso de 152 soluções tecnológicas e 220 cultivares desenvolvidos pelos pesquisadores. Como a receita líquida da estatal foi de quase R$ 3,5 bilhões no ano passado, o balanço apresentado em 27 p.p. mostrou que para cada R$ 1 aplicado a empresa consegue devolver R$ 17,77 em benefícios para a sociedade.

Com o aperto fiscal do governo agravado pela pandemia, a Embrapa tem trabalhado para ampliar a integraçāo com o setor privado, que financia hoje 20% dos projetos de pesquisa e responde por 35% dos investimentos feitos na estatal – a meta é chegar a 40% do portfólio em 2023. Ainda sem orçamento definido para este ano, o presidente Celso Moretti afirmou que ficará satisfeito se conseguir manter os patamares de recursos de 2020. Ele disse também que conseguiu “exorcisar o fantasma da privatizaçāo”, medida cogitada no início do governo.

“Trabalhamos bem na exorcizaçāo desse fantasma. A Embrapa é uma empresa do Estado brasileiro”, assegurou. “Nāo é mais uma questāo de segurança alimentar, mas de segurança nacional para o Brasil, é estratégica para o futuro do país”, continuou, ao justificar a importância socioeconômica e ambiental das novidades pesquisadas pela estatal, como a geraçāo de 41,4 mil empregos em 2020. Somente a fixaçāo de nitrogênio, tecnologia lançada em 1993 , gerou economica de R$ 28 bilhões no ano passado ao Brasil ao evitar a importaçāo de adubos nitrogenados.

Moretti apresentou ainda o Auras, um produto biológico que pode ajudar na convivência das plantas com a sêca e no aumento da produçāo agrícola em regiões com baixa disponibilidade de água, como o semiárido brasileiro, que tem mais de 100 milhões de hectares. O bioinsumo é produzido a partir de bactérias encontradas no mandacaru, espécie de cacto comum no Nordeste brasileiro, e promove “uma parceria com a raiz” para resistir ao estresse hídrico.

“A idéia é que o bioproduto funcione na planta do milho da mesma maneira que funciona no mandacaru. Ela estabelece essa relaçāo quase que simbiótica e faz com que a planta consiga conviver com essa baixa disponibilidade de água”, explicou Moretti. “A sêca você nāo combate, usa a inteligência e convive com ela. Esse bioinsumo vai ajudar na produçāo de alimentos,…”

Este artigo deve ser obtido na sua íntegra na fonte abaixo citada, por ter outros esclarecimentos a respeito do escopo de atuaçāo da empresa e deste citado bioinsumo, de forma muito bem delineada, esclarecedora. E sempre os parabéns a todos da Embrapa pelo muito sempre feito em prol do Brasil e do mundo.

Fonte: Jornal Valor Econômico de 28 de abril de 2021

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A conquista do café : café mais sustentável

A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Monte Carmelo (Monteccer), que congrega o primeiro coletivo de cafeicultores do Brasil a conquistar a certificaçāo socioambiental Rainforest Alliance na modalidade grupo, em 2007, agora celebra um novo feito histórico, relacionado à sustentabilidade da produçāo. Um estudo encomendado ao Imaflora calculou quanto as plantações emitem de gases e analisou os manejos que mais sequestram CO2, seja pelas plantas ou pelo solo. O resultado foi surpreendente. As 34 propriedades que participaram do inventário têm uma emissāo de 4,02 toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) por hectare ao ano – muito menor que a média global de emissāo de fazendas cafeeiras, que é de 28 tCO2e/ha/ano. E mais. O balanço das emissões desse grupo de cafeicultores foi negativo: – 5,66 tCO2e/ha/ano. Em outras palavras, eles sequestraram mais CO2 do que emitem, segundo o estudo, que adotou a metodologia do IPCC num ciclo de 20 anos de cultivo.

…O inventário de emissões de carbono desses 34 cooperados foi concluído no ano passado. “Muitos falam em agregar valor, nós queremos criar valor”, afirma o presidente da cooperativa, que vai disseminar as práticas regenerativas com todos os 136 cooperados da Monteccer.

O resultado do estudo nāo podia ter chegado em melhor hora. Ele antecedeu uma série de anúncios do setor. A Nestlé comunicou que vai zerar a emissāo de GEE até 2050. Já a Nespresso, marca premium de café expresso da transnacional suíça, assumiu um compromisso mais ousado: será carbono neutro até 2022.(* A Nespresso anunciou que a partir do final deste ano, 80% do alumíniio das suas cápsulas de café serāo de material reciclado, reduzindo em 95% a energia despendida no processo produtivo. Fonte 2). … Até 2030, a marca quer neutralizar suas emissões apoiando projetos como no caso da Monteccer.

Nesse mesmo movimento, a torrefadora italiana Illy vem patrocinando pesquisas em “agricultura virtuosa”, que é como eles têm chamado as práticas de cafeicultura regenerativa que favorecem o sequestro de carbono. … Estudos sobre o efeito das mudanças climáticas na cafeicultura apontam que, se houver um aumento de 4 graus Celsius na temperatura até 2100 (virada deste século), as principais regiões produtoras de café arábica no Brasil se tornariam inaptas.

Ambas reportagens, aqui parcialmente reproduzidas, devem ser consultadas nas fontes (1 e 2) em sua íntegra, de modo a compor um melhor entendimento destas questões relevantes para o setor, agronomica e economicamente tratadas.

Fontes: 1) Revista Globo Rural Fevereiro 2021 – Capa

2) Revista Época Negócios Fevereiro 2021 – hub

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O CLIMA NĀO PODE ESPERAR

A pesquisadora brasileira Telma Krug é uma das cinco vice-presidentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organizaçāo criada em 1988 pela ONU, que tem o objetivo de reunir e sintetizar os estudos acadêmicos produzidos sobre os motivos e as consequências do aquecimento global. A cada seis anos, o IPCC publica um relatório de 5.000 páginas contendo tudo o que a ciência conhece sobre mudanças climáticas. Junto com o documento, é feito um sumário em linguagem mais simples, para que os governos- membros do painel – sāo 195, espalhados pelo mundo – consigam compreender os dados e utilizá-los em suas políticas climáticas.

Formada em matemática, com Ph.D. em estatísticas espaciais pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido, Krug representou o Brasil por 15 anos nas negociações no âmbito da Convençāo-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), um tratado estabelecido na Eco-92 no Rio de Janeiro, que estabelece diretrizes para a estabilizaçāo dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Além disso, a pesquisadora ocupou cargos executivos nos ministérios da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente, ao longo da década passada.

Desde 2018, Krug percebe uma maior politizaçāo do debate sobre mudanças climáticas. Movidos por interesses próprios, governos têm usado as lacunas existentes nos estudos científicos, naturais em qualquer trabalho, para colocar em dúvida as certezas que a comunidade científica já tem há muito tempo, segundo a pesquisadora. Pode ser uma estratégia de negociaçāo. Mas usar o negacionismo para definir planos de governo é uma idéia que, certamente, dará errado, segundo ela. Somente a ciência oferece as ferramentas necessárias para a tomada de decisāo.

A pesquisadora também afirma que, sem as empresas, é impossível manter o aquecimento global em níveis seguros.

….

…Ainda nāo temos certeza, por exemplo, dos efeitos do reflorestamento. Essa dinâmica de corte de florestas para posterior replantio nāo produz os mesmos resultados do que preservar a floresta nativa. … Uma dúvida nāo anula as certezas.

A Amazônia é um dos ecossistemas mais estudados do mundo. Sabemos o que o desmatamento vai provocar. A produçāo científica brasileira sobre a floresta é imensa e de qualidade, mas é muito mal aproveitada. Há um potencial gigantesco de uso dessas informações.

…Uma floresta também nāo é só árvore, é um ecossistema. Tudo isso precisa ser levado em conta pelo governo e pelas empresas na hora de desenhar planos para o desenvolvimento da regiāo.

RE: A política ambiental do Brasil está prejudicando a imagem do país no exterior?

O Brasil pode perder oportunidades. Algumas ações do governo mandam um sinal ruim para o exterior….Ao desmontar a estrutura de fiscalizaçāo ambiental, o governo também prejudica a imagem de todo o agronegócio.

A presente entrevista, cujo inteiro teor deve ser buscado na fonte citada posteriormente, trata com acuidade o tema tāo presente nas políticas públicas do mundo inteiro, e traz à luz o que ocorre neste momento relativamente ao nosso comportamento visto no exterior. Recomendável ler a íntegra.

Fonte: Revista Exame Ed. 1226 Fevereiro de 2021 – Entrevista

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Renda agrícola subirá 10% no ano, prevê MAPA

Reflexos negativos do clima sobre as lavouras perenes e um ajuste de expectativas em relaçāo aos preços internacionais das commodities levaram o Ministério da Agricultura (MAPA) a revisar para baixo sua estimativa para o Valor Bruto da Produçāo (VBP) agropecuária brasileira em 2021. Uma nova máxima histórica deverá ser alcançada, mas a barreira de R$ 1 trilhāo talvez nāo seja superada.

Principais produtos – R$ bilhões – Fonte MAPA

Segundo as novas projeções do Ministério, o VBP do campo (“da porteira para dentro”) deverá somar R$ 959,7 bilhões este ano, 10,1% mas que o recorde de 2020 (R$ 871,3 bilhões, aumento de 17% em relaçāo a 2019). Em dezembro (conforme aqui neste blog também divulgado anteriormente com citaçāo de Fonte), a Pasta previu R$ 1,025 trilhāo.

Com colheita e preços recorde, a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, deverá alcançar VBP de R$ 303 bilhões neste ano, 24,4% acima do valor de 2020, quando o avanço foi de impressionantes 42,8%.

Para o conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o Ministério reduziu sua projeçāo para o VBP neste ano para R$ 308,5 bilhões. O aumento em relaçāo a 2020 deve ser de 6,1%, calcula a Pasta.

Os dados de evoluçāo dos produtos (Lavouras e Pecuária) desde 2012, em valores, bem como sua divisāo regional no país, de 2018 a 2020, como também o gráfico acima reproduzido , todos com suas fontes e mesmo o artigo aqui reproduzido em parte , podem ser encontrados no todo na citada Fonte a seguir, o que trará sem dúvida um melhor esclarecimento sobre o tema.

Fonte: Jornal Valor Econômico de 15 de janeiro de 2021 – Agronegócios

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